Descrição
Autogestão Hoje: Teorias e Práticas contemporâneas –
Michael Albert, Noam Chomsky, Pablo Ortellado, Murray Bookchin, Abraham Guillén
Este livro pretende discutir a autogestão tanto em seus aspectos teóricos quanto práticos. Os textos escolhidos contribuem para conceituar o que se entende por autogestão e também para enriquecer o debate sobre o assunto. A autogestão é possível dentro do sistema capitalista? A autogestão restringe-se apenas ao âmbito econômico? As cooperativas são um modelo de autogestão? Socialismo é sinônimo de autogestão? Afinal de contas, o que é autogestão? Os textos dessa coletânea têm por objetivo esclarecer essas e outras questões, além de suscitar novas.
Sumário:
Buscando a Autogestão
Michael Albert
Autogestão Industrial
Noam Chomsky
A Autogestão do Capital
Pablo Ortellado
Autogestão e Tecnologias Alternativas
Murray Bookchin
Socialismo Libertário
Abraham Guillén
“Sem participação dos trabalhadores na gestão de suas empresas, sem intervenção dos consumidores nos mercados, sem que a auto-administração una-se à cooperação e à autogestão, sem que os produtores diretos tenham direito de dispor do lucro de suas empresas, não pode haver socialismo, mas outra forma de capitalismo, porém com menos acesso à divisão da mais-valia que sob o capitalismo, o qual dá aos trabalhadores o direito de greve e a liberdade sindical, coisa que lhes foi negada nos países de socialismo de Estado (…). A autogestão econômica, política e social, os autogovernos locais, regionais, integrados em uma Federação superior, as coletividades na agricultura, a pequena e média empresa, as organizações de consumidores; constituiriam uma alternativa de modelo de desenvolvimento econômico, tecnológico, cultural e social, superior ao capitalismo monopolista (…) e ao capitalismo de Estado (…). Uma proposta de mudança (autogestionária, comunitária, cooperativa) é, sem dúvida, a criação de uma sociedade comunitária, onde prevaleça a liberdade, a igualdade, a dignidade humana, o direito de o homem decidir tudo: em sua empresa, em sua localidade, em sua região, em seu país, em uma sociedade auto-organizada e não programada por tecnocratas, burgueses ou burocratas (…).”
Abraham Guillén